Na vivência de hoje, apresentaremos plantas para versar nos aspectos de cada momento do cliente. Lembrando que no conceito de que cada pessoa é única e que a sensibilidade pode ser diferente para cada um, apresentamos algumas plantas como referência, sempre converse com seu cliente, para entender o seu momento e ajudá-lo nessa escolha.
Fitoterapia
Uso das ervas terapêuticas sob diversas formas, tais como chás, banhos, compressas, óleos, extratos, inalações, etc., visando não só despertar a capacidade de auto-equilíbrio, como, também, suprir a necessidade de certas substâncias e energias sutis que atuarão como princípios ativos para a harmonização psicofísica.
Plantas
Plantas são usadas há milhares de anos, ajudam a adquirir sabedoria e nos conecta conosco e com o todo. Os componentes energéticos das plantas interagem com o nosso e se usada adequadamente, auxilia no equilíbrio corpo, mente e essência. Escolhemos 05 plantas para demonstrar como é a interação da planta com o momento do cliente, mas lembre que existe outras plantas que podem contribuir de forma mais adequada ao momento. Alguns cuidados, como tudo na vida, o excesso não é benéfico, fique atento a repetição em demasia dos chás.
CALÊNDULA
Do latim Calendas ou Kalendas, que simboliza o primeiro dia de cada mês, pois se tem a crença de que sempre está florida nesse período. Os romanos a denominavam de solsequium, seguidora do sol, pois ela costuma abrir suas flores na presença do sol e ao entardecer fechar. Os antigos Egípcios, a utilizavam para tratamentos de rejuvenescimento, Árabes e Indianos, já sabiam das atividades corantes e medicinais da calêndula desde a antiguidade, sendo futuramente cultivada pelos Persas e Gregos,que aromatizam a comida com suas pétalas, utilizavam em suas festividades e inclusive faziam grinaldas para seus heróis, assim como fazem na Índia até os dias de hoje, para coroar suas divindades. Suas pétalas secas foram utilizadas para substituir o açafrão como condimento. Foi muito utilizada durante as guerras (civil norte americana e primeira mundial) como antiinflamatória e anti-séptica em feridas;
ALECRIM
Alecrim O alecrim é nativo do Mediterrâneo, seu nome em latim (Rosmarinus) significa “orvalho do mar”. Esse nome pode ser mais pela cor das flores, do que sua proximidade com o mar. Quanto à etimologia, a palavra alecrim tem origem no termo em árabe al-iklil. No conto de Hamlet Ófelia diz: Tens o alecrim para recordar”, nos levando ao encontro de que está associada a coragem e fidelidade. A lenda mais famosa sobre essa planta é a que as flores do alecrim se tornaram azul após a Virgem Maria colocar seu manto azul sobre um arbusto de alecrim. A associação com a Virgem Maria também pode ser ligada a tradição de decorar casas e igrejas com a erva no natal. Já antigos estudantes gregos usavam alecrim no pescoço ou trançado no cabelo para ajudá-los na memória antes de fazer um teste. A igreja queimava alecrim para purificar o ambiente e antigos gregos queimavam-no para afastar maus espíritos. Os franceses queimavam alecrim em hospitais durante a Idade Média para purificar o ar. Historicamente, o alecrim tem sido usado de diversas maneiras em diversas épocas.
TOMILHO
Timo – do grego Thymon, folha de erva chamada de tomilho. Alguns acham que provém de outra palavra grega, Thymós, alma, sensibilidade, força vital, porque o timo é situado perto do coração e era considerado a sede da alma. O tomilho é uma erva odorífera (Thymus vulgaris) utilizada pelos povos antigos em rituais mágicos ou sagrados nos quais eram queimadas as vísceras dos animais domésticos. Nessas ocasiões, talvez, foi assinalada a semelhança da forma do órgão com as folhas da planta. Potencializando então, nossa comunicação, para conosco e com os outros, deixando fluir com clareza nossos planos e vontades.
LAVANDA
O nome científico é Lavandula spp, dado pelos Romanos e oriundo do latim “lavare”, que significa limpar ou lavar.
O uso desta planta está datado com mais de 2500 anos. A essência de Lavandula, era utilizada para perfumar e mumificar os mortos dos fenícios, egípcios e persas.
Foi dados pelos Romanos o nome “Lavander”, que tinham o costume de esmagar as flores e folhas para colocar nos banhos e os ramos depositados nos armários, a fim de impregnar as roupa com seu aroma. Pintores renascentistas, utilizavam o seu óleo, como diluente. Na época medieval, as lavandeiras eram conhecidas como “lavanders”, pois utilizavam lavanda para perfumar as roupas. Foi comumente utilizadas por diversos monarcas, franceses e britânicos.
CAVALINHA
A cavalinha é uma das plantas mais antigas do planeta, que na pré-historia chegava até 10 metros de altura, hoje ela é uma miniatura do que foi outrora.
Naturalmente cresce próxima a áreas com bastante água, e é comum em diversas regiões. Sendo uma planta, que nunca para de crescer, não seguindo temporadas de crescimento.
Como outras plantas, teve diversas crenças, antigamente diziam que tinha ligação com o Planeta saturno; pastores fabricavam flautas com seus caules para espantar serpentes, por isso um dos nomes dela é “milho-de-cobra”
HISTÓRIA DO CHÁ
A segunda bebida mais consumida no mundo, só tendo a sua frente a água.
Reza a história que no ano 2737 a.C., o imperador chinês Shen Nung e a sua corte estariam a fazer uma pausa durante uma viagem e, enquanto esperavam que os criados ferverem água para beber, algumas folhas de um arbusto terão caído dentro da mesma, produzindo um líquido acastanhado. O imperador, que também era cientista, ficou com a curiosidade atiçada e resolveu experimentar a bebida.
Com muitas provas históricas: encontraram recipientes de chá, em escavações arqueológicas, nos túmulos da dinastia Han (206 a.C.–220 d.C.). Mas foi durante a dinastia Tang (618-906 d.C.) que o chá tornou-se na bebida oficial da China. Atingiu uma popularidade tal, que durante o século VIII foi escrito o primeiro livro inteiramente dedicado a esta bebida – o “Ch’a Ching”, da autoria de Lu Yu.
Atravessou as fronteiras e chegou ao Japão, sendo utilizado por monges budistas para acompanhar os rituais de meditação. E finalmente atingindo um outro patamar, sendo considerado uma forma de arte e tendo uma cerimônia própria.
Chegou ao continente Europeu, através de Portugal, trazido pelos seus navegadores, porém a Holanda que fez a primeira compra de um lote de chás. Como seu custo era elevado, somente os mais ricos o consomem. A Holanda levou o chá para o novo continente, para o que hoje conhecemos como Nova York.
Somente após esse passeio, por NY, que o mesmo chega a Inglaterra, curiosamente pelos portugueses, a portuguesa Catarina de Bragança, a princesa portuguesa, casa com o Rei Carlos II e apresenta aos ingleses a sua bebida predileta, o chá, tornando-se então a bebida popular da corte. A Inglaterra fez a sua primeira encomenda de chá à Companhia da Índia Oriental em 1664.
Com seu consumo globalizado, ele torna-se um produto caro, criando um mercado negro – contrabando. Teve sua produção expandida para India, Sri Lanka e com isso teve uma mudança repentina no consumo, aumentando significativamente o consumo do chá na Inglaterra.
O chá passando de uma bebida calma e relaxante, para ser o pivô de uma guerra, como já sabemos o “Tea Party”, foi uma resposta direta ao aumento dos impostos do chá, pela Companhia Britânica das Índias Orientais.
Já no século XXI, teve uma revolução bem vista, a invenção de saquetas.
USOS
Uso Externo
- Banho de Ervas
Itens necessários: Ervas a sua escolha
Para as ervas frescas, você deve colocá-las em um recipiente, macerar com as mãos, coloque seu pensamento de boas energias nesse momento. Cubra com um pano branco e deixe descansar por pelo menos uma hora. Para as ervas secas, ferva a água, coloque as ervas na panela e deixe ferver por mais 2 minutos. Desligue o fogo, tampe a panela e deixe amornar.
- Sal de Banho
Itens necessários: Sal grosso, ervas secas
Misture tudo com uma colher e guarde em um recipiente bem fechado.
A quantidade dependerá muito de você, leve você em consideração, sinta o seu momento no preparo, e na dúvida, utilize sempre um punhado (seu) de cada erva.
Uso Interno
- Chás
Em uma panela, coloque 250ml de água (uma xícara), assim que começar borbulhar, desligue o fogo. Adicione nessa água as ervas escolhidas e misture. Quando tudo estiver morno coe e seu chá está pronto.
CUIDADOS
Lembrando que no conceito de que cada pessoa é única e que a sensibilidade pode ser diferente para cada um, apresentamos algumas plantas como referência, mas são centenas de plantas que podem ser utilizadas no seu dia a dia, então reconheça as que mais se adaptam a sua rotina e sensibilidade. Como tudo na vida, o excesso não é benéfico, fique atento a repetição em demasia dos chás.
https://orcid.org/0000-0002-3568-8664
Formada em Secretariado, chegando aos 20 anos de uma sólida carreira no mundo corporativo.
Tendo coordenado mais de vinte eventos artísticos, entre exposições e vernissages para a Galeria HVF Artes, em diversos países, Fabiana Vieira soma uma sólida experiência a qual coloca à disposição dos demais artistas via Sociedade Das Artes, organização da qual é sócia.
Na Terapia Holística, atua com Reiki, Fitoterapia, Psicoterapia, Aromaterapia e Sagrado Feminino, temas sobre os quais é articulista convidada da Revista da Terapia Holística, além de organizar congressos, palestras, cursos e workshops, inclusive o consagrado Holística, que é o congresso anual do CRT.