Máscaras Que (Des)Cobrem O Eu

As Máscaras da Vida - Modelo: Andrea - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

As Máscaras da Vida - Modelo: Andrea - Arte Digital: Henrique Vieira Filho

Esta postagem é um breve resumo; você pode acessar o Artigo completo clicando aqui

Realizei esse texto, com a vontade de apresentar aos colegas, uma vivência de Arteterapia em conjunto com a Psicoterapia, acreditando que com essa pequena vivência, os demais colegas se aprofundem e possam levar essa ferramenta para seus locais de trabalho.

Se temos desde os primórdios da civilização humana o conceito de nos expressarmos através da pintura, esculturas, fica bem claro e evidente que trazendo esses elementos lúdicos e ao mesmo tempo tão pessoais a psicoterapia, teremos um complemento ao entendimento do nosso cliente e que ele também consiga seguir o atendimento de uma forma mais palpável.

Utilizando da Arteterapia em nossos consultórios, teremos uma oportunidade de experimentar novas possibilidades de integração, expressão e transformação.

Margaret Naumburg, foi uma das pioneiras em Arteterapia, utilizando todos os estudos de psicoterapia. Trabalhou com seus clientes uma forma bem simples e tão profunda de entendimento. 

Umas das suas técnicas mais famosa consistia em usar grandes folhas de papel e solicitado que o cliente escolhesse o material a ser usado, tintas, giz, lápis, e desenhar ao redor da página, até ficar satisfeito. 

Depois que o desenho é criado, o cliente é então convidado a observar a obra de arte e tentar criar uma outra forma de rabisco.

O cliente é incentivado a mover a página até que uma imagem seja encontrada, uma vez que uma imagem é vista no desenho rabisco, ou pintura, ele ou ela é convidado a colorir dentro. 

Neste ponto, se o cliente quer falar sobre a obra de arte enquanto criação, ele é encorajado a fazê-lo.

Com base nos estudos de Margaret, no processo de criação, podemos guiar nosso cliente conforme ele desenvolve a obra de arte, seja ela uma pintura sobre o trauma específico ou até mesmo sobre uma situação cotidiana. 

Fazendo a projeção de seus conflitos internos, materializando esses sentimentos, podemos, em muitos casos, ter mais eficácia no tratamento, se a pessoa pode desenhar: sonhos, medos, conflitos, memórias; ela pode encontrar uma forma de expressão que não seja verbal.

Como terapeutas, temos o compromisso com o nosso cliente, razão pela qual devemos sempre ter em mente que os mesmo, são indivíduos únicos. Que temos conhecimentos, estudo para melhor observá-los e analisá-los, porém nenhum conhecimento em matéria, será efetivo, se não observar e analisar individualmente.

Levando em consideração, que o cliente é o centro de estudos/atendimento, um dos maiores instrumentos de trabalho, seria o próprio terapeuta, que no processo de criação e encontro do cliente, estaria em total transformação e aceitação do mesmo. 

Tendo a ponderação de não só ouvir o cliente, mas também, durante a conversa e criação do desenho, observar se a história falada é a mesma história desenhada. Verificar a relação, e seu significado, de quem criou o desenho, e depois dessa mesma pessoa quando o observou concluído.

Após a vivência em Arteterapia, ficará claro que o arterapeuta, precisa de familiaridade com a linguagem da arte. 

Que devemos ter o cuidado com as interpretações dos trabalhos de nossos clientes, pois essa análise, irá além de observar as formas, linhas e cores, mas será completada com o escutar o seu cliente e encontrar as mensagens que ele transmitiu nesse processo. 

Cabe ao terapeuta, acompanhar o processo de criação, desde aquele silêncio para o início da entrega da atividade, até as suas mudanças de percursos, de escolha de cores e as simples linhas que podem contar tanto sobre o esse momento, que ele deseja retratar.